Palavras que podiam, perfeitamente, ser minhas:
Saudades: já chorei em aeroportos ao deixar quem não queria ver partir
(Crónica de Sónia Balacó in Público - vale a pena ler crónica completa)
"...
No aeroporto, entre família e amigos, aguentei com um nó na garganta as
lágrimas alheias e percebi que a felicidade está directamente ligada ao amor
destas pessoas que a vida fez o favor de colocar ao meu lado, pessoas que me
amam e ao mesmo tempo compreendem que tenho de ir.
Desde então já vivi muitos reencontros e muitas despedidas, já chorei em
aeroportos ao deixar quem não queria ver partir, já fui só abraços e alegria, e
já vivi a solidão de chegar a sítios onde ninguém me espera. Enquanto eu
transito, estas pessoas aguardam na repetição dos dias que a minha chegada os
torne um bocadinho mais cheios."
Não tenho dúvidas de que qualquer pessoa que já viveu fora da sua cidade, a uma distância que não permitia vir 'matar saudades' sempre que atingiam uma dimensão que parecia sufocar, vai-se rever nesta crónica que li.
Como eu sei o difícil que é estar longe, porque as saudades apertam demais, mas há uma parte de mim que adorava voltar a partir rumo ao desconhecido, que 'umas férias fora' não chegam para saciar... Mas a outra parte está demasiado feliz por estar de volta e ter a vida bastante estabilizada...
Ora bolas, nunca estamos totalmente felizes com o que temos no momento!
***
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